Como é feita a cirurgia de reconstrução do LCA: conheça as técnicas e enxertos utilizados
Em geral, as rupturas do ligamento cruzado anterior não podem ser suturadas (fechadas com pontos), o que significa que o cirurgião precisará reconstruir o ligamento rompido, o que é feito com enxertos de tecidos. O enxerto serve como base para a formação de um novo ligamento.
Há diversas opções de enxertos que podem ser utilizados na reconstrução do LCA, e a escolha do enxerto mais adequado deve ser discutida entre o paciente e o ortopedista, de acordo com o exame físico. Normalmente são usadas partes dos tendões do próprio paciente, como os tendões flexores, o tendão patelar ou o tendão do quadríceps. Uma opção menos comum no Brasil são os enxertos de cadáveres.
Para fixar o enxerto no osso são feitos dois túneis, um no fêmur e outro na tíbia. O enxerto é passado pelos túneis e sua fixação provisória pode ser feita com dispositivos como placas, parafusos e botões, evitando que o enxerto afrouxe até cicatrizar. A fixação final do enxerto ocorre entre 2 e 4 meses após a cirurgia, quando há a proliferação óssea dentro dos túneis.
Existem diversas técnicas cirúrgicas disponíveis para a reconstrução do LCA, porém atualmente a artroscopia é amplamente usada e deve ser a escolha em todos os casos.
Minimamente invasiva, esse tipo de cirurgia é feito através de pequenos furos, por onde são passados os instrumentos cirúrgicos e uma microcâmera que auxilia na visualização da articulação. Devido a menor agressão aos tecidos do paciente, a cirurgia artroscópica oferece recuperação mais rápida, menos dor e menor tempo de internamento.
A anestesia para a cirurgia de reconstrução do LCA pode ser geral ou raquidiana. No segundo caso, a anestesia é combinada com sedativos. Imediatamente após o procedimento, normalmente é realizado o bloqueio de nervo periférico para minimizar a dor nos dias seguintes à cirurgia. No total, a cirurgia do ligamento cruzado anterior tem entre 40 minutos e 1 hora de duração.
